Ruizito Escreveu:
1 -O trajecto para o Hospital é absurdo porque tem custos astronómicos quer de instalação quer de manutenção e exploração, não havendo a menor hipotese de ser minimamente rentável. Se o Metro aparecesse do nada, sem custos, eu estaria na primeira fila a defende-lo, mas todos sabemos que não é assim, e quem pagará a factura somos todos nós;
2 - Em relação ao ramal da Lousã sempre defendi a sua modernização e electrificação, não percebo essa insistencia no material velho existente que nunca defendi que fosse para manter. Agora acho muito importante que essa linha continue ligada à rede ferroviária geral;
3 - Quanto à história das camionetes, isso é absurdo. Durante os cerca de 11 anos em que diáriamente utilizei as automotoras, houve pelo menos um período muito grande em que andaram com obras na linha e o transporte era feito em camionetas. O serviço era péssimo, mas ninguém deixou de utilizá-lo por isso.
1. Gostava de saber em que te baseias para dizeres que uma ligação de metro até aos HUC não é rentável. É que a minha opinião é a de que esse trajecto poderá ser um dos mais requisitados, pelo menos a ver pela quantidade de carros que se desloca diariamente para lá. Vais lá agora e é quase um achado encontrares um lugar para estacionares o teu carro;
2. Eu também não percebo essa insistência no material velho existente. Tal como também acho importante que o Ramal da Lousã possa continuar a fazer parte da rede ferroviária nacional. No entanto, actualmente, não vejo qualquer vantagem nesse aspecto uma vez que, no Ramal, o único serviço que é feito é o de transporte de passageiros. Nesse sentido, não vejo qual é o problema em se implementar o tram-train que, como já se viu, se adequa bem às características do Ramal. Se neste Ramal fossem efectuados transportes de mercadorias, compreenderia perfeitamente a recusa em implementar-se um sistema de tram-trains que inviabilizariam o transporte de mercadorias. Mas como as coisas estão, ou seja, não se efectuam transportes de mercadorias nem parece que se venham a efectuar, esta solução de tram-train não me parece que seja tão descabido;
3. Certamente que o período a que te referes não será assim tão longo comparando com os (pelo menos) 2 anos que se prevêm para modificar a bitola. Este aspecto, penso ser o mais crítico e acho que devia ser encontrada uma solução que impedisse a paragem dos comboios no ramal. Poderia, por exemplo, optar-se por uma linha com 3 carris (o terceiro até poderia ser removido posteriormente) de modo a possibilitar a circulação de comboios enquanto se procedia à remodelação da bitola. O facto dos comboios pararem 2 anos, fazendo-se o trajecto com autocarros, penso que levará a uma situação caótica na Estrada da Beira que, já hoje, começa a estar saturada. Vai haver, certamente, graves problemas de circulação nesta estrada e em todas as outras que levam a Coimbra. Acredito que muita gente vai começar a usar o carro particular, ao invés dos autocarros que vão fazer um mau serviço.