Idalina Magalhães, uma professora de Felgueiras que dava aulas na Maia, faleceu ontem, perto das 13 horas, quando a canoa na qual tentava descer o rio Mondego, a partir de Penacova, se virou e afundou. O grupo de 12 pessoas em que se integrava a vítima mortal, de 42 anos, não era acompanhado por qualquer monitor da empresa que alugara as canoas.
Sob anonimato, fonte próxima da empresa O Pioneiro do Mondego (que esteve incontactável) disse que o grupo prescindira do apoio de monitor. Sem precisar valores, explicou que a empresa, fundada há duas décadas por um belga, cobra um preço mais baixo se o serviço só incluir o aluguer de canoa e colete de salvamento.
O acidente deu-se numa zona de correntes fortes, frente à aldeia de Ronqueira, cerca de um quilómetro depois do início da viagem, que terminaria em Coimbra. Antes da partida, o grupo terá assinado um termo de responsabilidade e sido alertado para a necessidade de se encostar à margem esquerda, na zona do sinistro uma espécie de dique que atravessa quase todo o leito, onde há estacas de madeira, obscatuliza a passagem de água e cria uma zona de rápidos junto à margem esquerda.
Idalina Magalhães e um indivíduo do sexo masculino seguiam na mesma canoa (dupla), mas não terão conseguido encostar-se suficientemente ao lado esquerdo do rio. A canoa terá batido numa estaca, virou-se e foi ao fundo. "Apesar de trazer colete, ela deve ter ficado presa entre a canoa e a estaca e não conseguiu desprender-se", admitiu o comandante dos Bombeiros de Penacova, António Simões. O outro ocupante da canoa safou-se.
O facto de o acidente ter acontecido num ponto onde a água só terá cerca de um metro de profundidade levou alguns a admitirem que a professora tenha batido com a cabeça numa pedra e perdido os sentidos. Resgatado cerca de meia-hora depois, o corpo seria transportado para o Instituto de Medicina Legal, onde a hipótese poderia ser confirmada.
Vítor Carvalho, dono da Sport Margens, não se surpeendeu com o acidente, embora ache que "o Mondego não é perigoso". Sustentou que coloca sempre monitores a vigiar aquele dique, "não sinalizado", que já têm ajudado clientes d'O Pioneiro do Mondego "em dificuldades". "Esta empresa não costuma acompanhar os clientes", explicou. Ontem, os clientes e monitores de Carvalho passaram primeiro do que Idalina Magalhães e já não estavam lá para ajudar.
O acidente de ontem também levou Maria Almeida, da empresa Turnauga, a lamentar que a Lei não exija o acompanhamento dos clientes nestas actividades. Aos fins-de-semana, centenas de pessoas descem o Mondego de canoa, alimentando um negócio concorrido, onde muitos clientes tendem a sacrificar a segurança, a troco de alguns euros. Hélder Pires desistiu do negócio, por considerar que a cedência de algumas empresas a essa tentação de poupança dos clientes gerava fenómenos de "concorrência desleal". "Uma razão que me levou a fechar o negócio foi o facto de algumas empresas praticarem preços inferiores, por não gastarem na segurança", disse.
1 Julho 2007
JN
Professora sem ajuda morre no Mondego
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Chong Li
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Professora sem ajuda morre no Mondego
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Corsario-Negro
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Quando há uns 5 anos desci o Mondego a pessoa que foi conosco, nossa conhecida, foi falando de acidentes como este e como é que certas empresas não avisavam as pessoas destes locais (e também da praia fluvial onde já houve cabeças partidas e afins por não darem conta do dique...) nem tinham cuidados com a segurança.
Se for o local que penso que seja, depois do parque de campismo de Penacova, não é nada simples para quem não sabe que fazer ao "descer" esses rápidos (na altura em que fui só mesmo encostados ao lado esquerdo e mesmo assim era uma "viagem puxadinha" para quem nunca tinha andado de canoa), tendo-se que "dar sempre ao remo" enquanto se desce para não se virar a canoa.
Vamos lá ver se criam legislação no sentido de tornar mais seguras estas descidas.
Se for o local que penso que seja, depois do parque de campismo de Penacova, não é nada simples para quem não sabe que fazer ao "descer" esses rápidos (na altura em que fui só mesmo encostados ao lado esquerdo e mesmo assim era uma "viagem puxadinha" para quem nunca tinha andado de canoa), tendo-se que "dar sempre ao remo" enquanto se desce para não se virar a canoa.
Vamos lá ver se criam legislação no sentido de tornar mais seguras estas descidas.
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bluestrattos
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Lino
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Ricky147
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É lamentável este tipo de acidente num percurso que não oferece perigosidade de monta.
No mesmo dia também fiz a descida e, nesse local, os monitores que nos acompanhavam, fizeram uma espécie de barreira para que todas as embarcações passassem pelo local onde estavam.
Já tinhamos passado quando o acidente ocorreu.
Também já me tinham dito que essa empresa limita-se a alugar o material e o resto fica por conta e risco do pessoal, o que é sempre de lamentar. Talvez agora mudem de política!
No mesmo dia também fiz a descida e, nesse local, os monitores que nos acompanhavam, fizeram uma espécie de barreira para que todas as embarcações passassem pelo local onde estavam.
Já tinhamos passado quando o acidente ocorreu.
Também já me tinham dito que essa empresa limita-se a alugar o material e o resto fica por conta e risco do pessoal, o que é sempre de lamentar. Talvez agora mudem de política!
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dozy
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- Registado: quarta-feira, 20 setembro 2006 17:01
Duvido que mudem de política enquanto a lei não mudar.
Agora resta é às pessoas terem bom-senso e não optarem por poupar 1 ou 2 euros em detrimento da segurança.
Já desci o rio 2 vezes, sempre com a mesma empresa (Capitão Dureza) e nunca tive qualquer problema. Inclusive levam sempre 2 ou 3 monitores por cada grupo de no máximo praí 30 pessoas. São extremamente rígidos com a segurança. Houve pessoal do grupo que tirou o colete a certa altura, e veio logo o monitor todo furioso a avisar que tinham que voltar a meter o colete.
Agora resta é às pessoas terem bom-senso e não optarem por poupar 1 ou 2 euros em detrimento da segurança.
Já desci o rio 2 vezes, sempre com a mesma empresa (Capitão Dureza) e nunca tive qualquer problema. Inclusive levam sempre 2 ou 3 monitores por cada grupo de no máximo praí 30 pessoas. São extremamente rígidos com a segurança. Houve pessoal do grupo que tirou o colete a certa altura, e veio logo o monitor todo furioso a avisar que tinham que voltar a meter o colete.
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duffy
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- Registado: domingo, 14 novembro 2004 22:54
Já agora, se quiserem descer o rio e não souberem a quem recorrer, dirijam-se às instalações do Clube Fluvial de Coimbra ou então telefonem. Também me podem contactar a mim por pm aqui no fórum.
Clube Fluvial de Coimbra
INSTALAÇÕES NAUTICAS DO CHOUPALINHO , COIMBRA
Tel. 239441471
Fazemos uns preços porreiros
e o divertimento é garantido.
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