Finalmente começam a ser tomadas medidas para tentar baixar o valor ridículo das habitações em Coimbra. Tendo em conta a dimensão da cidade, não se compreende a maioria dos valores pedidos, seja em vendas ou arrendamentos. Há algum tempo andei a ver preços de apartamentos para alugar em algumas zonas de Coimbra e desisti rapidamente da ideia... pode ser que agora as coisas mudem.Recuperação de casas fará baixar o preço da habitação
A câmara de Coimbra está a adquirir casas degradadas da Alta, oferendo em troca ao antigo proprietário uma parcela do edifício reabilitado.
O preço da habitação em Coimbra é quase o dobro do valor pago em Toulouse.
Embora esta cidade do Sul de França se apresente como a quarta metrópole do país, com 700 mil habitantes e uma economia baseada em indústrias tecnológicas de que se destaca a aeronáutica, a política de solos desenvolvida ao longo de décadas pelo governo e autarquia impediu a especulação imobiliária.
Ao mesmo tempo, o plano de desenvolvimento urbanístico da cidade gaulesa apontou para a recuperação do centro histórico como área residencial, em detrimento da expansão das periferias.
Este é um exemplo que a autarquia de Coimbra pretende seguir, após ter tido contacto com a realidade de Toulouse, no âmbito do projecto Valuo.
Este projecto surgiu através de um intercâmbio entre Toulouse e Coimbra, juntamente com outras cidades espanholas como Valência e Sevilha, com o objectivo de “conhecer o impacto das acções de reabilitação de centros históricos no mercado imobiliário dessas zonas e determinar qual o nível de indução de investimento privado”.
Coimbra segue Toulouse
Sidónio Simões, técnico da autarquia coimbrã, responsável pela reabilitação do Centro Histórico, revelou que, na área urbana, “Coimbra têm os preços mais caros de habitação” de entre as cidades referidas, porque durante décadas foram sendo ocupados cada vez mais terrenos da periferia, em vez de recuperar o centro da cidade.
O presidente da câmara, Carlos Encarnação, escreveu a propósito, que “expandir a cidade, alargando os perímetros urbanos, significa aumentar as necessidades de investimento e desperdiçar recursos”.
Nesta perspectiva estão em execução, na área do chamado Quarteirão de Almedina, cerca de três dezenas de projectos de reabilitação de edifícios, comparticipados pelo Programa de Recuperação de Áreas Urbanas Degradadas (PRAUD). As obras são financiadas em 50 por cento pelo Estado, num investimento repartido em partes iguais pelo Governo e autarquia de Coimbra.
Em paralelo, o município é pioneiro na aplicação de uma figura jurídica que permite adquirir imóveis degradados ao abrigo de “contratos permuta de bem presente por bem futuro”. Este tipo de negócio - usual em transações entre privados - nunca tinha sido utilizado por autarquias, explica Sidónio Simões, como ficou patente num congresso da ANMP, onde a apresentação do procedimento foi recebida com curiosidade pelos seus pares.
Brevemente serão assinadas três escrituras com proprietários de edifícios da Alta em que a câmara adquire os prédios sem investimento inicial, faz a reabilitação e devolve ao antigo proprietário uma parcela do condomínio. O primeiro caso de reabilitação urbanística ao abrigo deste tipo de protocolos está já a decorrer através de uma intervenção realizada num prédio situado em frente ao antigo Teatro Sousa Bastos.
O técnico autárquico responsável pelo Centro Histórico afirma que “o objectivo é vender estes fogos a preço de custo, acrescido apenas dos obrigatórios 10 por cento de despesas administrativas”.
Fonte: As Beiras
Recuperação de casas fará baixar o preço da habitação
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Pedro
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Recuperação de casas fará baixar o preço da habitação
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Lino
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usaralho
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miracle
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aluguer da casa
e aluguer da casa é tão caro. para estudantes,ke vive junto não fica mal(quase:)) mas para familias... eu por acaso sou estudante,mas tenho marido e filha, não posso dividir a casa com mais ninguem. alguem por acaso não sabe as casas ke não forem muito longe do polo2 para alugar em coimbra com preço acessivel?
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Lino
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Re: aluguer da casa
procura na subida ao pe da escola de hotelaria. custumo la ver umas plakas penduradas...miracle Escreveu:e aluguer da casa é tão caro. para estudantes,ke vive junto não fica mal(quase:)) mas para familias... eu por acaso sou estudante,mas tenho marido e filha, não posso dividir a casa com mais ninguem. alguem por acaso não sabe as casas ke não forem muito longe do polo2 para alugar em coimbra com preço acessivel?
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Se não estou em erro para adquirir essas habitações da baixa recuperadas são necessários vários requisitos, nomeadamente um rendimento "moderado". Quero com isto dizer que não me parece que essa iniciativa, que é de louvar, venha a ter repercussões na vergonha que é a especulação imobiliária em Coimbra.
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Pois... é sempre a mesma coisa: a especulação imobiliária vence sempre.nfh Escreveu:Se não estou em erro para adquirir essas habitações da baixa recuperadas são necessários vários requisitos, nomeadamente um rendimento "moderado". Quero com isto dizer que não me parece que essa iniciativa, que é de louvar, venha a ter repercussões na vergonha que é a especulação imobiliária em Coimbra.
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nmtavares
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Revitalizando um tópico já com algum tempo e postando uma mensagem um pouco OFF TOPIC:
O ministro das finanças queixa-se que há fuga ao fisco, se ele mandasse uns quantos fiscais das finanças ver numeros de quartos e telefonassem, para saber quanto é que era o quarto, quantas pessoas podiam albergar, há quantos anos alugavam a casa(para ter uma ideia de como estaria o imovel (seria uma desculpa obviamente)), podia ser que assim recuperassem algum dinheiro, ou fazer novas receitas. Mas é melhor ter o pessoal a coçar a micose nas repartições.
O ministro das finanças queixa-se que há fuga ao fisco, se ele mandasse uns quantos fiscais das finanças ver numeros de quartos e telefonassem, para saber quanto é que era o quarto, quantas pessoas podiam albergar, há quantos anos alugavam a casa(para ter uma ideia de como estaria o imovel (seria uma desculpa obviamente)), podia ser que assim recuperassem algum dinheiro, ou fazer novas receitas. Mas é melhor ter o pessoal a coçar a micose nas repartições.
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Pedro
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Ricky147
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É do meu conhecimento que as finanças de Coimbra têm feito, nas últimas semanas, fiscalizações aos senhorios que, não estando colectados, fogem ao pagamento do imposto devido. É uma boa medida, já que assim os arrendatários poderão incluir as despesas no IRS.nmtavares Escreveu:Revitalizando um tópico já com algum tempo e postando uma mensagem um pouco OFF TOPIC:
O ministro das finanças queixa-se que há fuga ao fisco, se ele mandasse uns quantos fiscais das finanças ver numeros de quartos e telefonassem, para saber quanto é que era o quarto, quantas pessoas podiam albergar, há quantos anos alugavam a casa(para ter uma ideia de como estaria o imovel (seria uma desculpa obviamente)), podia ser que assim recuperassem algum dinheiro, ou fazer novas receitas. Mas é melhor ter o pessoal a coçar a micose nas repartições.
A questão dos preços elevados das rendas deve-se, sobretudo, à especulação e à falta de residências universitárias, o que obriga os estudantes chegados a Coimbra, a aceitarem as condições (desumanas) que os senhorios lhes oferecem.
Moro em S. Martinho e, desde que o ISCAC se transferiu para lá, os preços dos apartamentos subiram estupidamente, porque toda a gente começou logo a pensar que compravam uns apartamentos, arrendava-os a estudantes e com o dinheiro auferido, pagavam a prestação bancária!
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Corsario-Negro
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É, por isso é que se estão a atingir recordes de recuperação de impostos quer na Seg. Social quer nas Finanças.Mas é melhor ter o pessoal a coçar a micose nas repartições.
Porventura conheces alguém que trabalhe numa Repartição de Finanças? Eu conheço e já lá entrei várias vezes, e a maioria está a trabalhar, para além de não poder ser qualquer um que vá fazer fiscalização.
Já agora, andas mal informado, pois segundo os últimos estudos, no geral, trabalha-se mais e melhor no público que no privado -> http://dn.sapo.pt/2006/09/27/editorial/ ... xeque.html
Quanto ao tópico, claramente também passará pelas próprias pessoas exigirem recibo, que muitas vezes não fazem para não pagar mais... quanto à especulação, enquanto houver quem compre, os preços não baixam... simples lei de mercado.