Exército disponibiliza geradores para abastecer Pombal e Leiria
O Exército Português está a disponibilizar geradores para abastecer de energia elétrica algumas localidades dos concelhos de Leiria e de Pombal, disse hoje à agência Lusa o Comandante Operacional Distrital de Operações de Socorro de Leiria.
"Pombal é o concelho no distrito, ao nível do abastecimento de energia elétrica, que causa maior preocupação", precisou Sérgio Gomes, sublinhando que "já os concelhos do norte do distrito são os mais afetados pelos cortes no abastecimento de água".
O responsável da Proteção Civil frisou que, "neste momento, é muito difícil avançar com uma previsão para o restabelecimento da energia elétrica e de água no distrito, uma vez que ainda estão e ainda vão ser, com certeza, reportados casos relacionados com o mau tempo".
Sérgio Gomes explicou que "só agora estão a ser percorridas algumas estradas secundárias e rurais, nas quais continuam árvores e postes derrubados", assim como casos em que são detetadas ocorrências relacionadas com casas que são de segunda habitação".
Na terça-feira, o presidente da Câmara de Pombal criticou o Governo e a EDP por falta de liderança e de preparação para responder às consequências do mau tempo dos últimos dias, assinalando a "falta de meios de comunicação fixos e móveis, quer dos operadores privados de telecomunicações quer lamentavelmente do próprio Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal".
Narciso Mota salientou também a "falta de uma entidade nacional coordenadora na gestão da crise, que liderasse a ação prestimosa dos bombeiros ou das forças de segurança", num documento enviado para a Presidência da República, presidente da Assembleia da República, líderes dos Grupos Parlamentares, Gabinete do primeiro-ministro, Ministério da Administração Interna, Ministério da Economia, Associação Nacional de Municípios Portugueses, Portugal Telecom e Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.
O autarca considerou ser de "lamentar" que a EDP "tenha manifestado, nestes dias, uma tão profunda impreparação para acudir a situações de emergência nacional", mas frisou a "ausência de uma voz amiga e solidária com responsabilidade tutelar, que perguntasse se estava tudo bem ou se era preciso ajuda".
Fonte: Diário de Notícias
Já passaram alguns dias e os efeitos continuam a sentir-se. Por outro lado, parece-me positivo ver que o exército está preparado e disponível para apoiar nestas situações. Talvez fosse boa ideia incluí-los na preparação para ocasiões similares para agilizar a resposta inicial, em vez de ser mais como medida de emergência quando está a demorar demasiado.