Historia

[Ruizito]

... mas foi! E logo quem havia de ser? Aquela chata da Mariana, que desde que lhe dera um beijinho de fugida, tinham eles quinze anos, materializava-se à sua frente, periodicamente como as monções.

[Megane]

Ela nunca tinha sido capaz de perceber que tinha sido uma coisa da hora, mais, uma coisa da idade, que aconteceu naquele momento, para não voltar a acontecer. Então...

[Carol]

- MIGUEL! Que surpresa encontrar-te por aqui!
Sem paciência para a sua falsa surpresa e para conversas fúteis para que sempre era arrastado quando com ela se encontrava suspirou.
- Mariana... Não posso falar de momento, estou com pressa, fica para outra altura!
Sem esperar para ver o beicinho de Mariana formar-se contornou-a e continuou a descer a grande velocidade, com a mente num torvelinho.

[Megane]

Até que ela num quase berro lhe pergunta:
- Onde vais com tanta pressa? Já reparaste que nem calçado estás?

[Ruizito]

Sem se dignar olhar para trás saiu a toda a pressa. Esse era de facto o maior mistério da sua estranha noite! Como tinha ido parar aquele quarto, com o gato da sua mãe, que já não via há vários meses e ignorando completamente onde deixara a porcaria dos sapatos?

[Carol]

(atenção às incoerencias na historia, já tinha sido dito que ele pernoitava naquele hotel varias vezes e que levava sempre o gato consigo)

[Ruizito]

(tens razão, eu refaço o meu texto...)
Sem se dignar olhar para trás saiu a toda a pressa. Esse era de facto o maior mistério da sua estranha noite! Como tinha ido parar novamente aquele quarto, quando apenas se lembrava de ter saído por meia hora para passear o animal? Mais importante ainda: onde deixara a porcaria dos sapatos, que lhe tinham custado uma fortuna ainda na semana anterior?

[Carol]

Tentou relembrar toda a sua actividade até ao momento em que a memória lhe faltava, mas por muito que revisse cada momento não conseguia recordar-se do que lhe acontecera. No entanto, flutuavam uns intensos olhos verdes na sua mente e aos quais ainda não tinha conseguida atribuir significado. Ia tão embrenhado nos seus pensamentos que..

[Megane]

...nem deu pelas feridas que tinha nas costas...

[micromys]

...apesar do desconforto que sentia.
Ao passar na recepção...
- Sr. Silva, os seus sapatos, deixou-os novamente no bar.
Aquela voz era-lhe familiar. Virando lentamente o rosto na direcção do som, deu de caras com Joana, recepcionista e funcionária do bar. Miguel conhecia bem aquela moça de olhos grandes e verdes e sentiu que ia ser repreendido.
- Sr. Silva, sabe que não deve beber quando faz o seu tratamento! Depois acontecem-lhe estas coisas! Não se lembra onde deixa os sapatos, qualquer dia acontece-lhe uma das boas! Ohh... - exclamou enquanto Miguel se calçava de costa para ela - vejo que trouxe novamente o Romeu!... Quantas vezes já lhe disse...
- Não gosto de ratos! - disse secamente tornando visível uma notória falta de paciência para aquele diálogo inesperado. Mas quase imediatamente pediu desculpa sorrindo timidamente. - Sabe, acabei de receber uma mensagem e tenho de sair.
- Claro Sr. Silva, penso que o Aníbal deve estar aí fora com o taxi. A esta hora não deve haver muito serviço.
Miguel saiu ainda mais apressado motivado pela presença de Mariana que se aproximava vinda das escadas.
Entrou no taxi e pediu ao seu amigo de longa data para o levar à Baixa (não quer dizer que seja Baixa de Coimbra, é apenas uma opção criativa do autor, ou seja, eu ).
Aníbal suspirou com um ar apreensivo interrogando-se em voz alta:
- É aquilo outra vez?


(para que a história seja engraçada têm de lhe dar acção senão torna-se muito parada. Vá, agora continuem, já saí do hotel e meti o gajo no taxi )

[Megane]

...assim que o taxi arrancou Mariana sai do hotel a correr e aos berros, como se soubesse ao que Miguel se dirigia...