Boa tarde
Decidi registar-me neste forum porque em principio entro na UC no proximo ano lectivo (à qual dediquei 5 das 6 opções, tendo média para todas) e o assunto da praxe é algo que me preocupa. Já fui praxado noutro estabelecimento, e foi uma experiência da qual, pessoalmente, não gostei. E então após ler o vosso código de praxe a ideia de fazer praxe na UC foi ainda mais posta em questão. Sem querer ofender ninguém e dando apenas a minha opinião honesta, o vosso código de praxe tem muita coisa que não se entende. Desde "jogar à pancada" a levar com qualquer tipo de objecto nas unhas, a ser agarrado por desconhecidos nas ruas, entre outras.
Em principio no próximo ano não vou completar a praxe. Sou capaz de lá aparecer para ver se gosto, mas a partir do momento que não gosto, saio. Não dou justificações a ninguém, nem vou assinar papel nenhum. Simplesmente sigo a minha vida sem chatear nem importunar mais ninguém. E a partir do momento em que, após tomar a decisão de sair da praxe, sou abordado por alguém com agressividade ou com ameaças para me "obrigar" a assinar um papel, mudo de atitude e passo a considerar a situação como situação de ameaça à minha integridade fisica e moral.
Excusado será dizer que também não vou limitar a minha liberdade e respeitar o recolher obrigatório estipulado no código da praxe.
Dito isso, como é que é estudar na UC, em termos de condições, docentes, e material disponivel para os estudantes? Pela vossa experiência, acham que a Universidade tenta contribuir ao máximo para o sucesso académico dos alunos, ou o foco está mais no estudo em casa? E em relação a "office hours", qual costuma ser a disponibilidade dos professores?
Agradeço desde já todo o tipo de opiniões e contribuições!
Ser anti-praxe e estudar em Coimbra
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Re: Ser anti-praxe e estudar em Coimbra
A menos que as coisas tenham mudado muito desde que saí, não vejo necessidade de chegar ao ponto de considerar a praxe como ameaça à integridade. É daquelas coisas em que entras se quiseres e, se não quiseres, não entras. Tenho ideia que só costuma haver pessoal a chatear-se (e com razão) com aqueles que se recusam a ser praxados e que, nos anos seguintes, vão praxar outros.
Quanto a office hours de professores... boa sorte com isso. No meu tempo, havia uma hora semanal. Tirando isso, só por email ou no final da aula. Há professores mais disponíveis e há outros que consideram ser primeiro investigadores e só depois professores... é o normal. Sobre condições e material, não havia grandes problemas quando lá andei, tirando a questão dos computadores. Mas já foi há muito tempo, pelo que pode ter mudado bastante entretanto.
Quanto a office hours de professores... boa sorte com isso. No meu tempo, havia uma hora semanal. Tirando isso, só por email ou no final da aula. Há professores mais disponíveis e há outros que consideram ser primeiro investigadores e só depois professores... é o normal. Sobre condições e material, não havia grandes problemas quando lá andei, tirando a questão dos computadores. Mas já foi há muito tempo, pelo que pode ter mudado bastante entretanto.
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Re: Ser anti-praxe e estudar em Coimbra
Pessoalmente não acho muita piada ao conceito da praxe. Sei que há quem goste e respeito, eu é que não me vejo nem a praxar nem a ser praxado. Em termos de ameaças à integridade, depende muito. Pelo que tenho lido e ouvido, há pessoal que parece levar muito a sério desistentes da praxe. Há uns anos foram agredidas duas alunas que se recusaram a assinar o papel anti-praxe: http://www.publico.pt/sociedade/noticia ... ra-1540221, ainda antes da confusão e explosão dos media no caso do Meco.
Ainda o ano passado tive amigas minhas em Coimbra que só agora se chegaram à frente e disseram que foram forçadas a assinar o papel anti-praxe sob pena de agressões físicas, ou pelo menos das sanções fisicas estipuladas no codigo da praxe que se recusaram em aceitar. Na hora não se chegaram à frente nem agiram porque tinham medo de criar uma reputação negativa à sua volta. E eu já vou para Coimbra com a ideia bem assente de que não vou assinar papel nenhum, pois esse papel só faria sentido se houvesse um papel para entrar na praxe, onde o aluno aceitava submeter-se ao estipulado no código de praxe. Da maneira como a praxe está, o papel anti-praxe na minha opinião pessoal (sem querer desreispeitar ninguém) é uma piada tirada fora do contexto.
Tirando estas situações extremas, vive e deixa viver. Cada um tem a sua maneira de ver as coisas e não quero estar a generalizar.
Em relação aos professores, é o normal potanto já estou habituado. Pensei que com todo o espírito e fama académica atrás de Coimbra a coisa fosse variar, mas também não é nada que não se aceite e ao qual não se possa dar a volta.
Ainda o ano passado tive amigas minhas em Coimbra que só agora se chegaram à frente e disseram que foram forçadas a assinar o papel anti-praxe sob pena de agressões físicas, ou pelo menos das sanções fisicas estipuladas no codigo da praxe que se recusaram em aceitar. Na hora não se chegaram à frente nem agiram porque tinham medo de criar uma reputação negativa à sua volta. E eu já vou para Coimbra com a ideia bem assente de que não vou assinar papel nenhum, pois esse papel só faria sentido se houvesse um papel para entrar na praxe, onde o aluno aceitava submeter-se ao estipulado no código de praxe. Da maneira como a praxe está, o papel anti-praxe na minha opinião pessoal (sem querer desreispeitar ninguém) é uma piada tirada fora do contexto.
Tirando estas situações extremas, vive e deixa viver. Cada um tem a sua maneira de ver as coisas e não quero estar a generalizar.
Em relação aos professores, é o normal potanto já estou habituado. Pensei que com todo o espírito e fama académica atrás de Coimbra a coisa fosse variar, mas também não é nada que não se aceite e ao qual não se possa dar a volta.
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Re: Ser anti-praxe e estudar em Coimbra
Quanto aos professores e a forma como se estuda e se faz o trabalho depende imenso de faculdade para faculdade, elas funcionam de forma muito diferente dentro da própria UC.
Quanto à praxe não vás com atitude parva que ninguém te tratará com atitudes parvas. Nesta área acho que é importante ir descontraidamente, sem pré-juizos. Se gostares gostaste se não vais embora sem cenas.
Não acredites em todas as versões que se vêem nos jornais e televisão, o caso do Meco não tem nada a ver com a UC. É claro que por vezes acontecem situações lamentáveis, mas há ovelhas ranhosas em todos os ramos da sociedade.
Quanto à praxe não vás com atitude parva que ninguém te tratará com atitudes parvas. Nesta área acho que é importante ir descontraidamente, sem pré-juizos. Se gostares gostaste se não vais embora sem cenas.
Não acredites em todas as versões que se vêem nos jornais e televisão, o caso do Meco não tem nada a ver com a UC. É claro que por vezes acontecem situações lamentáveis, mas há ovelhas ranhosas em todos os ramos da sociedade.
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Re: Ser anti-praxe e estudar em Coimbra
Eu não planeio faltar ao respeito a ninguém. Tal como disse, na eventualidade de não gostar da praxe, vou-me embora. Agora não concordo que para ir embora tenha de chegar ao pé de alguém e dizer "Epah olha não me estou a sentir bem, achas que posso ir para casa?". Não. Sinto-me no direito de fazer uso da minha liberdade de movimento, assim como do meu direito de me recusar a assinar um documento sem qualquer legitimidade. Eu não considero isto "atitudes parvas". Atitude parva seria ir para lá só para causar confusão ou ficar lá a estragar da praxe dos outros que realmente a querem vivenciar até ao fim.
Analisando por outro lado, "Quanto à praxe não vás com atitude parva que ninguém te tratará com atitudes parvas". Também tenho algo a comentar em relação a isto. A maioria das pessoas que entram para a Universidade têm 17-19 anos, e são recebidas por pessoas de 21-25. O que o teu comentário me leva a crer, é que pessoas que são 2+ anos mais velhas que eu não conseguem lidar comigo duma maneira superior à minha. Ou seja, vamos imaginar que eu sou era gajo parvo e que só quero ir para lá ser abacalhar. O que sou induzido a acreditar por esse comentário, é que pessoal com mais experiência de vida do que eu não tinha outra maneira de tratar com a situação do que a escalar. Sendo assim acho que isso é uma situação muito mais vergonhosa para a pessoa de 24 anos do que para a de 19.
Analisando por outro lado, "Quanto à praxe não vás com atitude parva que ninguém te tratará com atitudes parvas". Também tenho algo a comentar em relação a isto. A maioria das pessoas que entram para a Universidade têm 17-19 anos, e são recebidas por pessoas de 21-25. O que o teu comentário me leva a crer, é que pessoas que são 2+ anos mais velhas que eu não conseguem lidar comigo duma maneira superior à minha. Ou seja, vamos imaginar que eu sou era gajo parvo e que só quero ir para lá ser abacalhar. O que sou induzido a acreditar por esse comentário, é que pessoal com mais experiência de vida do que eu não tinha outra maneira de tratar com a situação do que a escalar. Sendo assim acho que isso é uma situação muito mais vergonhosa para a pessoa de 24 anos do que para a de 19.
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Re: Ser anti-praxe e estudar em Coimbra
Não foi nada disso que eu disse. Eu nao disse que atitudes é que eram parvas.
Quem tem atitudes parvas não merece o respeito dado a outras pessoas que não as têm. Analisa como quiseres.
Depois, a maioria do pessoal que praxa tem 19/20 anos.
Acho que estás demasiado preocupado em não assinar papeis. Em 6 anos na UC nunca vi ninguem pedir para assinar ou assinar um papel.
É tudo uma questão de atitude, se vais para lá a achar que és o maior e que sabes tudo mais vale não ires, porquequem esta
Quem tem atitudes parvas não merece o respeito dado a outras pessoas que não as têm. Analisa como quiseres.
Depois, a maioria do pessoal que praxa tem 19/20 anos.
Acho que estás demasiado preocupado em não assinar papeis. Em 6 anos na UC nunca vi ninguem pedir para assinar ou assinar um papel.
É tudo uma questão de atitude, se vais para lá a achar que és o maior e que sabes tudo mais vale não ires, porquequem esta
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- Veterano
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- Registado: sábado, 11 novembro 2006 19:28
Re: Ser anti-praxe e estudar em Coimbra
(Carreguei no enviar sem querer)
Porque quem está a praxar não vai ter paciencia para isso e vão fazer pior, e quem está a ser praxado e quiser realmente estar lá também nao vai gostar. E com isto não estou a dizer que esta é a tua atitude, é apenas a titulo de exemplo.
Porque quem está a praxar não vai ter paciencia para isso e vão fazer pior, e quem está a ser praxado e quiser realmente estar lá também nao vai gostar. E com isto não estou a dizer que esta é a tua atitude, é apenas a titulo de exemplo.