In Campeão das Províncias, 11/8/2006A Câmara de Coimbra e o Governo têm pela frente um desafio estimulante: encontrar o destino adequado para o espaço ocupado pela Brigada Fiscal da GNR na Lapa dos Esteios.
As instalações ocupadas em Coimbra pela Brigada Territorial n.º 5 da GNR e pela Brigada Fiscal da mesma corporação vão ser destinadas a outros fins, passando ambas as brigadas a partilhar um edifício na periferia da cidade, disse ao “Campeão” fonte do Ministério da Administração Interna.
O Comando da Brigada Territorial n.º 5 funciona na Cumeada (Santo António dos Olivais) e a Brigada Fiscal da Guarda Nacional Republicana (antiga Guarda Fiscal) na Lapa dos Esteios.
O destino a dar ao espaço ocupado pela Brigada Fiscal, situado num local paradisíaco na margem esquerda do rio Mondego, está a ser objecto de análise por parte da Câmara Municipal de Coimbra e do Governo.
Em declarações ao “Campeão”, o presidente da edilidade, Carlos Encarnação, e o subsecretário de Estado da Administração Interna, Fernando Rocha Andrade, reconheceram tratar-se de um sítio privilegiado pela Natureza e que, por isso, será adequadamente ocupado.
As instalações da GNR na avenida de Dia da Silva serão vendidas e deverão dar lugar a moradias, cabendo à Câmara Municipal fazer respeitar a harmonia do parque habitacional já existente.
“Trata-se de uma operação com vantagens para todas as partes”, declarou ao nosso Jornal o subsecretário de Estado, frisando que tanto as instalações da Cumeada como as da Lapa dos Esteios são “desadequadas do ponto de vista operacional”.
Só espero é que não demulam o edifício para construir essas tais moradias em "harmonia do parque habitacional já existente".
In Diário de Coimbra, 15/8/2006Espaço deverá ser abrangente e com alguma amplitude
Nunca no interior da cidade. É assim que o comandante da GNR de Coimbra defende a localização do novo espaço para receber a Brigada 5, que deverá ser igualmente abrangente e com alguma amplitude
O major general João Manuel Peixoto Apolónia, comandante da Brigada Territorial 5 da GNR, sedeada em Coimbra, defende que o espaço para receber as novas instalações «terá de ser abrangente e com alguma amplitude em virtude de assumirmos a componente fiscal e para permitir outro desafogo em termos de Grupo de Trânsito».
As acessibilidades são outro aspecto que aquele responsável considera determinante para a localização do novo quartel. «Nunca no interior da cidade», frisou o major general João Peixoto Apolónia, adiantando que a ideia naturalmente seria que as novas instalações fossem orientadas para a periferia, atendendo nomeadamente à unidade de trânsito que necessita de deslocar-se rapidamente quando solicitada. As novas instalações deverão pois ter também a vantagem de permitir concentrar as várias valências da GNR dispersas pela cidade num só edifício.
O comandante da Brigada 5 da GNR, que disse aguardar com expectativa o desenvolvimento do projecto, reconheceu existir, de facto, alguma intenção daquela força e das entidades envolvidas de haver alguma celeridade no processo.
Entre as entidades envolvidas no processo contam-se a Câmara Municipal de Coimbra, Governo Civil e Ministério da Administração Interna.
Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Carlos Encarnação, disse existir apenas uma intenção do Ministério da Administração Interna e que a edilidade acompanha.
O nosso Jornal tentou ontem obter esclarecimentos sobre o assunto junto daquele Ministério o que se revelou impossível.
A Brigada Territorial 5 da GNR encontra-se sedeada na Avenida Dias da Silva, na Cumeada, freguesia de Santo António dos Olivais. As actuais instalações seriam vendidas, e o espaço deverá ser para construção de moradias.
Já a Brigada Fiscal ocupa terrenos na Lapa dos Esteios, um local privilegiado pela natureza, na antiga Quinta das Canas, na Margem Esquerda do Mondego.
A área de actuação da Brigada 5 compreende Coimbra, Aveiro, S. João da Madeira, Viseu, Guarda e Castelo Branco.
... ou então não conseguirem vender!