Parques pagos ficam mais caros

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Pedro
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Parques pagos ficam mais caros

Mensagem por Pedro »

Parques pagos a cada 15 minutos ficam mais caros

Os parques de estacionamento vão ser pagos em fracções de 15 minutos a partir de amanhã, em vez de hora a hora, como acontece actualmente. É uma exigência da lei que visa tornar mais justo o pagamento. Mas os empresários do sector trocaram as voltas ao Governo e a generalidade dos consumidores vai pagar mais. Nos piores casos, o aumento varia entre 40 e 60%.

O parque à superfície do Jardim do Tabaco, em Lisboa, já alterou o tarifário e é um exemplo paradigmático. Os utentes pagam 20 cêntimos por cada quarto de hora, quando anteriormente pagavam 50 cêntimos por um período inferior a uma hora e um euro até duas horas. As novas regras só favorecem os primeiros 30 minutos de utilização, após o qual o consumidor paga sempre mais (ver quadro).

Tais contas significam, segundo Mário Queiroz, director comercial da SIENT, empresa que explora o parque, "uma reconversão do esquema antigo", mas admite que só ficará "mais barato para utentes de curta duração". Curtíssima, acrescentamos nós. A SIENT tem 19 parques no País (5753 lugares).

Os consumidores também sentirão na carteira o novo preço do Parque dos Restauradores, na capital, um dos que pratica valores mais elevados dada a localização e a falta de concorrência. Uma hora custa 1,50 euros e, a partir de amanhã, passará para 2,10 euros, ou seja, mais 40%. Neste caso, o que compensa são as primeiras duas fracções de 15 minutos de cada hora.

A administração da Emparque, concessionária do Parque dos Restauradores, explica o raciocínio da empresa. "Sendo a utilização típica dos parques dispersa, a aplicação generalizada deste mecanismo de cálculo conduz, em média, à manutenção da receita global existente."

António Mendes, da SPEL, empresa que detém 20 parques, seis dos quais em Lisboa, recorre a um exemplo prático: "Imagine um restaurante tipo rodízio em que cada pessoa paga uma quantia fixa, independentemente do que consome. Quem come pouco está a subsidiar quem come muito. Imagine que um Governo diz que quem come menos tem de pagar menos. O que é que faz o dono do restaurante? Ajusta os preços para manter as receitas. É o que acontece com os parques de estacionamento."
A Emparque é a proprietária do Parque dos Restauradores e de mais 56 no País, o que significa 50 mil lugares e lhe confere o título de maior empresa do sector. Os primeiros 15 minutos são sempre mais caros que os restantes, tal como acontece em outros locais, mesmos nos raros casos em que o preço da hora se mantém. A primeira fracção custa 90 cêntimos nos Restauradores, enquanto que nos parques do Saldanha e da Avenida de Berna, da mesma firma, é de 70 cêntimos.

O ViaCatarina do Porto - propriedade da Sonae Sierra - cobra agora um euro à hora mas, com a nova tarifa, exige 50 cêntimos logo nos primeiros 15 minutos. A partir daí, o utente paga 25 cêntimos por cada fracção de 15 minutos.
Os empresários citam um estudo Associação Nacional de Empresas e Parques de Estacionamento (ANEPE) que conclui que o utente quando entra no parque já está a gastar 33 cêntimos, o custo do equipamento, da manutenção, da electricidade e da segurança do parque.

A Promoparques (Atrium Salanha e Junqueira) é das poucas que não vai aumentar o preço de uma hora de estacionamento (1,50), mas fez uma divisão diferenciada pelas quatro fracções de 15 minutos: 50 cêntimos, 50, 30 e 20 cêntimos, sendo os primeiros 30 minutos sempre mais caros em qualquer hora.

Vítor Oliveira explica a diferença de preço dos primeiros 30 minutos pelos custos do equipamento, argumento que já não justifica a tarifa máxima para as restantes horas - mas foi a fórmula que encontraram para não encarecer a hora. "Já temos um preço considerável. Este é um edifício de escritórios e as pessoas iriam procurar alternativas", justifica, acrescentando que irão avaliar o impacto do novo tarifário nas receitas e, se necessário, fazem um reajustamento.

O Atrium Saldanha, onde o utente típico permanece em média entre duas e três horas, tem mais quatro parques na mesma zona, o que quer dizer que a concorrência também dita os novos aumentos.

A CPE tem 14 parques e vai aumentar o parque da Praça do Município, localizado na Baixa lisboeta onde há falta de lugares, em mais cinco cêntimos do que o Alto do Parque (Eduardo VII). A empresa optou por fazer fracções de custo igual, mas sobe cinco cêntimos por hora nos primeiros 180 minutos, o que resulta no aumento geral de 15%.

Fonte: DN
Mais uma situação em que o governo fez asneira. A ideia inicial era boa, mas fizeram as coisas de uma maneira que permite agora aos parques (que já eram caríssimos) ficarem ainda mais caros. Os donos dos parques agradecem mais uma oportunidade para explorar as pessoas. :?

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Corsario-Negro
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Mensagem por Corsario-Negro »

Usem transportes públicos ou bicicletas ou andem a pé. Menos carros, menos congestionamento :D