Quartel dos Voluntários vai ser vendido
Actual quartel dos Bombeiros Voluntários de Coimbra vai ser posto à venda para custear futuras instalações. Para o local estão previstos dois edifícios, um para habitação e outro para escritórios e comércio.
As actuais instalações dos Bombeiros Voluntários de Coimbra, na Avenida Fernão de Magalhães, vão ser vendidas para dar lugar a apartamentos, lojas e um parque subterrâneo.
O presidente da Direcção Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Coimbra, explicou ao nosso Jornal que o novo projecto, da autoria do arquitecto Vasco Cunha, já foi aprovado pela Câmara Municipal de Coimbra.
Fausto Garcia não adiantou qualquer valor base para a venda das actuais instalações e acrescentou que Vasco Cunha ofereceu mesmo o projecto aos bombeiros.
O projecto compreende dois edifícios, um virado para o lado do rio e o outro para a Avenida Fernão de Magalhães. Este último coincide com as actuais instalações, mas contará com mais dois pisos.
O edifício virado para o rio destina-se a habitação, enquanto o da Avenida Fernão de Magalhães compreenderá escritórios e lojas no rés-do-chão. Estão igualmente previstos dois pisos de garagens subterrâneos com uma área de 900 metros quadrados cada.
A ideia é construir o novo quartel previsto para o Planalto de Santa Clara à medida que se for recebendo as tranches provenientes da venda do actual edifício da Avenida Fernão de Magalhães, tranches que, segundo Fausto Garcia, deverão coincidir com as da Câmara Municipal e do Governo.
Custos agravaram-se
Aliás, só se pode avançar com a hipótese da venda do actual edifício quando o outro quartel estiver em construção, ou seja, quando existir um horizonte temporal de quando é que acaba a obra. Melhor ainda, é preciso que o novo quartel avance para vender o actual. Até porque os subsídios atribuídos não chegam para a construção do novo quartel, uma vez que os protocolos assinados não são suficientes para os encargos com a construção das novas instalações. Desse modo a associação terá que vender o seu património actual para fazer face às despesas remanescentes com a nova construção.
Ainda em matéria de despesas, o presidente da Direcção dos Voluntários de Coimbra explicou que até aqui o Governo suportava os custos com a parte social e operacional dos bombeiros. Agora só quer pagar 80% da parte operacional, enquanto os bombeiros terão de suportar os restantes 20% e os custos da parte social, em que se incluem o bar, a cantina, secretaria e sala de reuniões, entre outros.
Recorde-se que as corporações dos Bombeiros Voluntários de Coimbra e de Brasfemes assinaram há pouco tempo protocolos de colaboração com a Câmara Municipal para receberem, cada uma, um apoio financeiro global de 30 mil euros.
Na ocasião, Fausto Garcia salientou o facto de ser a primeira vez, durante os 117 anos da instituição, em que se celebrou um protocolo daquele género. Acrescentou que a verba era pouca, não resolvia, mas ajudava, dando como exemplo que os 30 mil euros representam «pouco mais do que a despesa de um mês dos Voluntários de Coimbra».
Em relação ao novo quartel, cuja localização está definida para Santa Clara, o presidente da Câmara de Coimbra disse na altura que «podemos começar a pensar na questão financeira da construção», referindo que a situação poderá ficar resolvida nos próximos três anos.
Fonte: Diário de Coimbra
Não é propriamente uma zona onde me agradaria morar, mas quase de certeza que os bombeiros vão ganhar bastante dinheiro com isto, porque aquele edifício está bem localizado na baixa. Deve dar para os aguentar uns tempos com os cortes orçamentais.