Condução em Coimbra

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DaniFR
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Mensagem por DaniFR »

Muita acção e algumas cenas dignas de filme
A operação programada pela PSP de Coimbra procurou, sobretudo, detectar situações ilegais relacionadas com o excesso de velocidade e o consumo de álcool. O Diário de Coimbra acompanhou a acção nocturna e presenciou algumas cenas dignas de filme

Estava frio. Não tanto como nos últimos dias. A operação estava planeada ao pormenor e há muito tempo. Nada a faria cair por terra. No terreno, além dos efectivos afectos ao trânsito, também por lá andaram elementos da Brigada Anti-Crime (BAC). À hora marcada, avançaram sem demoras. Tinha chegado a hora de controlar quem circulava na zona urbana de Coimbra.
Os 53 polícias distribuíram-se por dois postos, instalados, na rotunda da Fucoli - este foi, mais tarde, transferido para a Avenida Mendes Silva, junto ao quartel dos Sapadores - e na Avenida da Lousã, à beira do Parque Verde do Mondego. A viatura equipada com radar estático também se repartiu. Primeiro, esteve na circular interna, no sentido Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC)/Coselhas. Depois, na Ponte Rainha Santa Isabel.
Os “aceleras” tiveram o cerco apertado. Mas o reconhecido, por estas bandas, veículo da PSP de Coimbra com radar fixo não estava sozinho. Pelas circulares interna e externa andava uma apetrechada viatura. Ninguém a conhecia. Tinha sido convidada para contactar com os “pés pesados” da cidade.
Não demorou muito a entrar em acção. Na circular externa, entre a Avenida Elísio de Moura e Coselhas, um veículo conseguiu atingir 167 quilómetros/hora. O limite era 70. Após a intercepção, a desculpa. «Disse que tinha três empresas: uma de ourives, uma de segurança e outra que não posso precisar. Desculpou-se com o facto de estarem a ser assaltadas, razão pela qual ia àquela velocidade», contou o condutor da viatura Provida.
A noite não se ficou por aqui. Foram várias as situações irregulares, pelo que é impossível falar de todas. A colaboração entre as autoridades tem sido muito discutida. Ontem, quase por acaso, aconteceu. O carro, de marca Renault, descia dos HUC para a rotunda da Fucoli. Ao aperceber-se da presença policial, não obedeceu à ordem de paragem e seguiu. Deu-se mal com a opção.
De frente apareceu uma viatura da Brigada de Trânsito (BT). O condutor deve ter pensado que estava cercado e cortou para a Estrada de Coselhas. Não foi longe. Foi de encontro ao muro que antecede uma lavagem de automóveis. Dois dos passageiros ficaram junto à viatura, mas um conseguiu escapar. Não foi possível apurar quem conduzia a viatura pertencente a familiares dos envolvidos.
Ao soprar no balão, um condutor, que seguia com mais quatro indivíduos do sexo masculino, acusou, inicialmente, 3,06 gramas de álcool por litro de sangue. O relógio andava entre as 01h00 e as 01h30. A contra-prova deu um valor muito mais baixo: 0,64 g/l de álcool no sangue. O condutor tinha acabado de ingerir bebidas alcoólicas e não terá esclarecido da melhor forma o agente que o interceptou. Ainda assim, não se livrou da multa.
Com o avançar das horas, a circulação automóvel foi cada vez menor. No posto de controlo da Avenida da Lousã, também se registaram casos de desobediência. Uma mulher de 35 anos, advogada de profissão, apercebeu-se da operação policial e “não foi de modas”. Entre o Parque Dr. Manuel Braga e o Parque Verde do Mondego, logo a seguir ao semáforo, virou num sentido proibido para inverter a marcha.
Uma manobra perigosa, que, logo a seguir, o teste do balão esclareceu. Acusou 1,80 g/l de álcool no sangue. Mais tarde, baixou para 1,75 g/l. «Venho de um jantar e bebi vinho e whisky», disse aos jornalistas, antes de consi-
derar este tipo de operações «pertinentes e necessárias». Ficou sem documentos e foi à esquadra onde foi notificada a comparecer na segunda-feira [hoje], em tribunal.
Apesar de terem sido detectadas várias infracções, a maioria dos condutores mandados parar não teve problemas. Seguiram viagem tranquilos e com um sentimento de segurança. «Por norma, nos acidentes, quem acaba por pagar é quem não tem culpa nenhuma. Pode ser que com estas operações, os condutores tenham mais cuidado», elogiou um enfermeiro de 27 anos acabado de sair do serviço nas Urgências dos HUC.

Viatura Provida só autua infracções graves e muito graves
Bastam 60 metros para registar velocidade

Apareceu descaracterizado, mas foi a grande sensação da noite. No dia de estreia em palcos conimbricenses, causou impacto. Visual e não só. Vistoso e elegante “voou” por onde passou. Algumas vezes - sem serem muitas -, acima dos limites da lei. Não teve problemas com isso. Afinal, é esta a missão para a qual está talhado. O trabalho de uns resultou, neste caso, nas dores de cabeça de outros.
De cor preta e equipado com jantes especiais. Ainda assim, não foi este o extra que mais despertou a atenção. A escuridão da noite tornou a câmara de gravação imperceptível ao olhar mais desatento. Mas ela está lá. Ao lado do condutor, mesmo à frente do banco do “pendura”. Na zona do porta-luvas, o monitor, onde se podia (re)ver a gravação, também tem o seu espaço.
O condutor é “profissional da velocidade”. Tem de se ter “mãos para a coisa”. E não só. Paulo Moreira, agente principal da PSP do Porto e condutor da viatura Provida, assumiu, há cerca de três anos, o comando do “bólide” - acreditem que tem ar disso -, depois de tirar um curso com várias especializações, entre elas as de velocidade, condução defensiva e avançada.
Com um radar dinâmico instalado, a viatura Provida faz a gravação vídeo dos infractores através da câmara frontal. Sempre com o automóvel da frente em mira, coloca-se na sua traseira e mantém a velocidade móvel. Fixa o infractor e só tem de circular 60 metros para registar o “abuso”, ou seja, tirar a velocidade, assim como qualquer outro “excesso” de condução.
As infracções leves não interessam. As equipas estão criadas para autuar apenas as graves e muito graves. Todos os condutores captados são interceptados e autuados. Nunca vão embora sem saber a “asneira” que cometeram. Depois de “agarrados”, os infractores arranjam «sempre desculpas novas». «Estamos vacinados», confidenciou Paulo Moreira.
Depois de serem filmados a alta velocidade, poucos são os que conseguem escapar. O agente principal só se recorda de um caso. «Foi no Porto. O indivíduo não tinha seguro, nem carta de condução. Furou dois pneus e seguiu. A nossa viatura furou um e, para não a danificarmos, encostámos», contou.
O contacto com outros colegas, que tinham um carro idêntico, solucionou, mais tarde, a fuga, que parecia ter tudo para ser coroado de êxito. Depois de transmitidos os dados sobre o infractor, este foi interceptado quando chegou a casa. «Tinha o carro completamente danificado, desde os braços às jantes. Estava tudo rebentado», concluiu.

OPERAÇÃO EM NÚMEROS

PERÍODO DE TEMPO
00h30/04h30

ELEMENTOS POLICIAIS
53 na fiscalização
4 na consulta de sistemas de informação e elaboração do expediente

VIATURAS POLICIAIS
14, que incluíram 1 posto móvel, 1 viatura equipada com radar estático Multanova e 1 viatura equipada com radar dinâmico Provida

CONDUTORES FISCALIZADOS
300
DETENÇÕES
3 por condução sob o efeito de álcool

INFRACÇÕES
12 graves de excesso de velocidade
7 muito graves de excesso de velocidade
1 por uso de telemóvel
1 por falta de inspecção periódica
3 por pneumáticos irregulares
4 diversas

AUTOS
27 autos directos
6 guias de apresentação de documentos

in Diario de Coimbra
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Chong Li
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Registado: terça-feira, 27 setembro 2005 22:32

Mensagem por Chong Li »

Para quem não teve paciência para ler a notícia toda, deixo aqui 3 casos relatados. É com isto que inocentes que andam na estrada têm que levar....


Na circular externa, entre a Avenida Elísio de Moura e Coselhas, um veículo conseguiu atingir 167 quilómetros/hora. O limite era 70. Após a intercepção, a desculpa. «Disse que tinha três empresas: uma de ourives, uma de segurança e outra que não posso precisar. Desculpou-se com o facto de estarem a ser assaltadas, razão pela qual ia àquela velocidade», contou o condutor da viatura Provida.(...)

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O carro, de marca Renault, descia dos HUC para a rotunda da Fucoli. Ao aperceber-se da presença policial, não obedeceu à ordem de paragem e seguiu. Deu-se mal com a opção.
De frente apareceu uma viatura da Brigada de Trânsito (BT). O condutor deve ter pensado que estava cercado e cortou para a Estrada de Coselhas. Não foi longe. Foi de encontro ao muro que antecede uma lavagem de automóveis. Dois dos passageiros ficaram junto à viatura, mas um conseguiu escapar. Não foi possível apurar quem conduzia a viatura pertencente a familiares dos envolvidos.
Ao soprar no balão, um condutor, que seguia com mais quatro indivíduos do sexo masculino, acusou, inicialmente, 3,06 gramas de álcool por litro de sangue. O relógio andava entre as 01h00 e as 01h30. A contra-prova deu um valor muito mais baixo: 0,64 g/l de álcool no sangue. O condutor tinha acabado de ingerir bebidas alcoólicas e não terá esclarecido da melhor forma o agente que o interceptou.(...)

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Uma mulher de 35 anos, advogada de profissão, apercebeu-se da operação policial e “não foi de modas”. Entre o Parque Dr. Manuel Braga e o Parque Verde do Mondego, logo a seguir ao semáforo, virou num sentido proibido para inverter a marcha.
Uma manobra perigosa, que, logo a seguir, o teste do balão esclareceu. Acusou 1,80 g/l de álcool no sangue. Mais tarde, baixou para 1,75 g/l. «Venho de um jantar e bebi vinho e whisky», disse aos jornalistas.

abranxus
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Registado: quarta-feira, 07 dezembro 2005 15:43

Mensagem por abranxus »

INFRACÇÕES
12 graves de excesso de velocidade
7 muito graves de excesso de velocidade
1 por uso de telemóvel
1 por falta de inspecção periódica
3 por pneumáticos irregulares
4 diversas


grande acção fiscalizadora...a montanha pariu um rato

JulesS
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Registado: terça-feira, 04 janeiro 2005 22:46

Mensagem por JulesS »

Chong Li Escreveu:Na circular externa, entre a Avenida Elísio de Moura e Coselhas, um veículo conseguiu atingir 167 quilómetros/hora. O limite era 70. Após a intercepção, a desculpa. «Disse que tinha três empresas: uma de ourives, uma de segurança e outra que não posso precisar. Desculpou-se com o facto de estarem a ser assaltadas, razão pela qual ia àquela velocidade», contou o condutor da viatura Provida.(...)

A terceira empresa deve ser de assaltos, e então fica um ciclo completo...
uma de ourives, outros assaltam e outros fazem segurança

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Pedro
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Registado: quarta-feira, 10 novembro 2004 20:07

Mensagem por Pedro »

Parece que a polícia também já reparou na questão que eu mencionei da rotunda da casa do sal. Hoje, na entrada dessa rotunda para o IC2 e para a rua de Aveiro estavam polícias, a mandar parar o pessoal assim que ficava vermelho (havia sempre espertos que, mesmo com a polícia ali, tentavam avançar... bloqueando depois quem vem dos outros semáforos). Ainda não foi perfeito, mas o trânsito já fluiu um bocadito melhor graças a isto.

Baya
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Registado: quarta-feira, 10 outubro 2007 10:10

Mensagem por Baya »

Estava agora às 9h30 um peugeot 206 azul acidentado na ponte rainha santa, sentido Sul-Norte, na famosa curva.
Àquela hora também já lá se encontravam membros do INEM e um veículo dos bombeiros assim como polícia a controlar o trânsito que estava a ser escoado por apenas uma faixa.

É de referir que o Peugeot... bom, o Peugeot já não é bem Peugeot...

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Pedro
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Mensagem por Pedro »

Há cerca de meia hora, o trânsito no cruzamento da António José de Almeida com a Nicolau Chanterene estava algo complicado. O problema foi causado por um Rover que, segundo me pareceu, começou a arder. O carro não tinha sinais exteriores de incêndio, mas a presença dos bombeiros, o cheiro a queimado na zona e o fumo que saía do capot aberto apontavam para isso.

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Lino
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Registado: quinta-feira, 14 abril 2005 3:54

Mensagem por Lino »

Epá querem baixar o limite de velocidade nas localidades para 30km/h. Agora é que vai ser o caos em Coimbra...

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Pedro
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Registado: quarta-feira, 10 novembro 2004 20:07

Mensagem por Pedro »

Viste mal a notícia. O que querem fazer é baixar para 30 km/h em determinadas zonas, onde há maior tráfego de peões. Isto já ocorre em algumas situações, embora não esteja regulamentado desta maneira (lembrem-se que a sinalização vertical sobrepõe-se aos limites presentes no código).

Acho que faz algum sentido... por exemplo, junto a escolas, 30 km/h parece-me um limite decente. É óbvio que não vai ser (ou não deveria ser) aplicado a toda a cidade... apenas a locais onde existem bastantes peões (e onde todo o cuidado é pouco).

Leia
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Registado: sábado, 15 abril 2006 14:31

Mensagem por Leia »

Oh... eu penso que isso nunca irá passar e se passar irá ser bastante transgredido. 30 km/h é bastante baixo! Até eu nas aulas de condução quando não conheço as estradas ando a mais que isso... e eu sou bastante cautelosa!

EDIT: eu não li a noticia, baseei-me no que disse o lino.

daniel322
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Registado: quarta-feira, 21 junho 2006 18:25

Mensagem por daniel322 »

Leia Escreveu:EDIT: eu não li a noticia, baseei-me no que disse o lino.
http://q3.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op= ... ories/7996 :wink:

Leia
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Registado: sábado, 15 abril 2006 14:31

Mensagem por Leia »

uiii carta a pontos.isso é que vai ser uns tantos automobilistas a ficar sem carta!

Obrigada pelo link.

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Pedro
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Registado: quarta-feira, 10 novembro 2004 20:07

Mensagem por Pedro »

daniel322 Escreveu:
Leia Escreveu:EDIT: eu não li a noticia, baseei-me no que disse o lino.
http://q3.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op= ... ories/7996 :wink:
Os jornalistas que escreveram essa notícia são um bocado sensacionalistas. :p Primeiro dão a ideia que o limite total vai baixar e só mais à frente é que falam nas "zonas 30 km/h". Nas restantes, pelo que eu li, mantém-se o limite de 50 km/h. De outro modo, esta lei não faz sentido... 50 km/h é um limite que considero bom para a maioria da cidade, embora entenda que os 30 km/h possam ser úteis nas situações que referi.

daniel322
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Registado: quarta-feira, 21 junho 2006 18:25

Mensagem por daniel322 »

sim, pelo que percebi mantêm-se os 50 dentro da cidade, apenas em zonas residenciais/problemáticas é que baixa para os 30.. não vejo que seja assim algo tão grave..

Leia
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Registado: sábado, 15 abril 2006 14:31

Mensagem por Leia »

Pois, o titulo inicial é mesmo para provocar impacto e indignaçao.. mas depois o conteudo...