Coimbra, Leiria e Figueira da Foz unidas na reivindicação da aviação civil em Monte Real
Os presidentes dos municípios de Leiria, Coimbra e Figueira da Foz defenderam hoje a abertura da Base Aérea n.º 5, em Monte Real, à aviação civil, mas de forma independente e autónoma de Lisboa e Porto.
“Defendemos Monte Real, ponto. Não é alternativa ao Montijo ou em complementaridade a Lisboa e Porto”, salientou o presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, em conferência de imprensa, em Leiria.
O presidente da Câmara de Leiria, Raul Castro, por outro lado, acrescentou que pretendem “afastar em definitivo qualquer comparação com o Montijo ou qualquer solução de serem complementares a Lisboa ou ser alternativa a alguma coisa”.
O autarca adiantou que o modelo defendido é “idêntico ao da Base das Lajes” – nos Açores -, onde é possível a “utilização dupla da pista”, para aviação militar e civil.
Raul Castro adiantou que está a ser realizado um estudo, cujo “draft” deverá ficar concluído dentro de um mês.
“Temos estado em contactos com operadores e tido reuniões com membros do Governo e o que nos foi dito é que estariam disponíveis para apoiar desde que se arranjasse um investidor”, revelou o presidente do Município de Leiria.
O autarca revelou ainda que o operador Angle Azur “está disponível para realizar três voos semanais caso a abertura à aviação civil se concretize” e que há um “investidor sul-africano” que “mostrou interesse” em investir nas infraestruturas.
Manuel Machado afirmou ainda que a abertura da BA5 à aviação civil não é “olhar para o umbigo dos municípios”, mas para “todo o território nacional”.
Por seu lado, presidente da associação empresarial Nerlei, Jorge Santos, considerou que esta infraestrutura seria “importante para o desenvolvimento da região e extravasa a região de Leiria”.
A “sustentabilidade” do projeto foi garantida pelo presidente da Câmara da Figueira da Foz, João Ataíde das Neves. “Os operadores percebem que a região tem dinâmica e que poderão sustentar esta linha de transporte. Acredito que estamos muito próximos de atingir o nosso objetivo”.
Para que essa sustentabilidade seja possível, Raul Castro disse serem necessários 250 mil passageiros por ano, o que é “viável”.
O presidente do Instituto Politécnico de Leiria, Nuno Mangas, salientou ainda a importância para o “turismo académico” e para a fixação e atração de pessoas.
Fonte: As Beiras
Bem, pior que o de Beja não há-de ser... e fornece uma alternativa viável para as low-cost que actuam no Porto e Lisboa.